terça-feira, 26 de junho de 2012

Como é a Galeria SulAmérica, edifício de luxo que você pode comprar

 No último dia 14 começou a oferta pública inicial de cotas de um fundo imobiliário que pretende comprar 100% de um imponente e famoso edifício carioca: a Galeria SulAmérica, antiga sede da seguradora homônima que foi completamente renovada após um retrofit – reforma que visa a modernizar imóveis antigos preservando sua arquitetura e sua história. Já com pouco mais de 30% de locação, o edifício ocupa um quarteirão inteiro no que pode ser considerado o coração do Centro do Rio.


Atualmente pertencente à incorporadora Tishman Speyer, o Edifício Galeria SulAmérica se localiza no quarteirão formado pelas ruas da Quitanda, do Rosário, do Carmo e do Ouvidor, uma das áreas mais movimentadas do centro carioca. “Tem uma laje grande, de aproximadamente 3.000 metros quadrados, algo pouco comum na região”, observa Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer.
A ideia do retrofit, iniciado no fim de 2009 e finalizado em meados do ano passado, foi transformar o edifício inaugurado em 1949 em um “triple A” com lajes sem divisórias, capazes de, cada uma, abrigar uma empresa inteira. “Como as lajes no Centro do Rio geralmente são pequenas, há empresas que alugam vários andares e até prédios diferentes. Alugar um único andar é bom para consolidar as operações das empresas e torná-las mais eficientes, quando se somam os custos de ocupação e manutenção”, diz Cherman.
Com 25.000 metros quadrados distribuídos em dez andares, a Galeria SulAmérica já tem espaços locados para a fornecedora de soluções para escritórios Regus; para a empresa especializada em shopping centers Saphyr; para a operadora de serviços portuários, marítimos e logísticos Wilson Sons; para a construtora PDG; e para a companhia de construção naval para o mercado de óleo e gás Keppel Fels.
No primeiro andar, onde se concentram as lojas, já marcam presença a Le Lis Blanc, a Ellus, a rede de roupas infantis EPK e a rede de restaurantes japoneses Manekineko. “O edifício está se tornando uma alternativa para multinacionais da área de petróleo e gás e logística. Há também escritórios de advocacia de olho, pois o empreendimento fica próximo ao Forum”, conta Cherman.
A intenção do fundo de investimento imobiliário BM Galeria, formado para comprar 100% do empreendimento da Tishman Speyer, é justamente pulverizar a locação por diversos inquilinos, e não alugar o edifício para uma única empresa. O preço médio do metro quadrado no edifício está em 120 reais, um pouco abaixo da média do Centro do Rio, fechou o primeiro trimestre do ano em 137 reais. Os preços no edifício, porém, variam de 115 a 130 reais o metro quadrado.
“Ao somar o aluguel com o custo de operação, o valor fica muito atrativo para os possíveis locatários. Isso em comparação a outros prédios antigos que, apesar do aluguel até mais baixo, têm custo de operação mais elevado”, diz o presidente da Tishman Speyer.

 

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